Atualmente, as cores de vidros que mais utilizamos são o vidro incolor, o extra clear, o vidro verde, os esmaltados e os laqueados.

Se você já reparou, percebeu que os vidros têm uma tonalidade esverdeada, que se deve à presença de óxido de ferro em sua composição. Portanto, quanto maior a quantidade dessa substância, mais verde será o vidro. No caso dos vidros verdes, muito utilizados em fachadas, por exemplo, sua composição apresenta uma maior concentração de óxido de ferro. Além disso, devido a esse tom mais esverdeado, esse tipo de vidro consegue fazer maior isolamento térmico dos ambientes, se comparado ao vidro comum ou até ao vidro fumê, por exemplo. Já o vidro incolor, possui maior transparência e, por isso, confere um visual mais “limpo” aos ambientes e fachadas, quando utilizado. No entanto, ainda assim, ele possui um tom esverdeado, que pode ser observado principalmente quando olhamos para sua borda.

O vidro extra clear possui baixíssima concentração de óxido de ferro e, por isso, possui uma transparência muito superior ao vidro incolor e um tom nada esverdeado. Ele é totalmente incolor (pelo menos ao olho nu). Isso o transforma no vidro perfeito para passar pelo processo de laqueamento.

O processo de laqueamento corresponde à execução da pintura automotiva no vidro incolor – de preferência extra clear. Esse processo resulta em um vidro colorido – e a quantidade de cores possíveis é infinita! – brilhante e sem transparência, que pode ser usado em tampos de mesa, divisórias de ambientes, box de banheiros, portas de armários, entre diversas outras aplicações.

O vidro laqueado oferece uma infinidade de cores
Fonte: Centro Oeste Vidros e Telas

Já os vidros esmaltados, são produzidos a partir da aplicação de uma fina camada de tinta cerâmica sobre o vidro comum. Feito isso, esse vidro é levado ao forno quente, o que faz com que a tinta e o vidro se fundam. A variedade de cores é mais limitada, sendo as principais: branco, preto, marrom e off white.

Os acabamentos mais utilizados são o acidato e o jateado.

O vidro acidato passa por um processo de produção no qual o vidro é colocado em contato com ácidos que o deixam mais fosco e opaco. No entanto, sua superfície permanece lisinha e aveludada. Por isso, é super resistente a manchas de gorduras e óleos, sendo muito indicados para cozinhas, por exemplo.

Vidro Acidato: acabamento liso e uniforme
Fonte: Lucap

Já o vidro jateado, por seu processo de produção consistir em jatos de areia que tornam o vidro mais fosco e mais áspero, não é indicado para locais como as cozinhas, pois podem ficar com manchas de gordura, dificultando sua limpeza e manutenção.

Muito utilizado entre as décadas de 40 e 60, o vidro canelado pode ser visto em muitas construções antigas, principalmente nas janelas.

Sua textura ondulada é obtida por meio do estiramento do vidro liso e suas ondulações promovem privacidade aos ambientes sem a perda da luz natural.

O vidro canelado voltou com tudo, a princípio de forma mais tímida e pontual, sendo utilizado na porta de armários de cozinha, por exemplo. Atualmente já podemos ver sua aplicação de forma muito mais ampla, como em divisórias de ambientes, portas, box de banheiros, janelas e mobiliário em geral. Um verdadeiro sucesso, além de ser muito estiloso.